O que me resta é tempo. A areia na garganta
da ampulheta presa. Arte de perder
todo o verso, o poema, a poesia
a memória do canto.
O que me resta é escrever
enquanto tempo tenho para percorrer
os recantos da música que há nas palavras
para te deixar um sonho
somente um sonho
e pouco mais.
in "Acordes de azul" (e-book, Virtualbooks, Brasil, 2002)
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