ANTERO DE QUENTAL
brilha o voo nas asas de um açor
em redor a aguarela
pinta-se de azul
seria mar
se o olhar
não se perdesse ao longe
onde habitam as sílabas
ondinas que cantam
a seiva do poema
*
Também me busco a mim... sem me encontrar!
Antero de Quental
espelho que me aguarda
e não encontro
sou narciso em busca
de meu rosto
escuto as águas
seu murmurar inconstante
mas longo é o caminho
para as afagar
mas persisto peregrino
do meu próprio destino
in "Poemas com rosto" (e-book, Virtualbooks, Brasil, 2007)
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