Ergo a voz ao doce vento
Para me indicar o caminho
Que no canal do lamento
Não quero passar sozinho
*
Eu quero abrir a janela
E deixar entrar o sol
Que atribui à lua bela
O canto do rouxinol
*
Eu trago um verso comigo
Bem dentro do coração
Partilho-o contigo amigo
Na estrofe de uma canção
*
Foi pela escola da vida
Que aprendi o verbo amar
Poema de asa ferida
Sem vontade de rimar
*
Há um sonho uma criança
Que sorri ao sol nascente
Como quem veste a esperança
Como quem sabe o que sente
in "Divertimento poético ou cinquenta quadras mais ou menos ao gosto popular, seguidas por três, porque três foi a conta que deus fez, redondilhas com gente dentro: Ti Maria, Ti Zé e Dona Alice (e-book, Virtualbooks, Brasil, 2007)
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