ao antônio adriano de medeiros,
no dia da sua morte.
antónio, o cão que se foda
(que me desculpe a menina),
mas há dias em que a roda
não roda p'la nossa sina.
e a deus digo a mesma cousa,
quarenta e nove, que porra,
não é idade p'rá lousa
registrar para quem morra.
mas, antónio, deixa lá,
nada há agora a fazer,
antes penso que por cá
ficou o que houve a 'screver.
e tu escreveste a rir
p'ra assim te vermos partir.
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