Deixemos, Clio, as margens deste rio,
Clausura de um poema de sentidos.
Saibamos das palavras
Todas de um só desejo.
Vamos, Clio, enlacemos nossos corpos,
Inventemos o amor, a poesia
Como ave que percorre
O caminho do sol.
Façamos deste rio agrilhoado
Corpo da ave que somos, e voemos
Com as asas do amor
Que para nós criámos.
in "Palavras no vento" (e-book, Virtualbooks, Brasil, 2003)
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