agora é o ágolo
que leva o peso
dos tempos
das memórias
árvores
gestos vorazes do fogo
qual esponja que na ardósia
apaga o nome
da própria infância
*
escuta
o vento passa célere
rente ao dorso da semente
como se inventasse um caule
o devir de um corpo
a palavra inaugural
do próprio poema
in "O livro do regresso" (Edium Editores, Matosinhos, Portugal, 2008); "Viagem pelos livros" (Escrituras, São Paulo, 2011) - Prémio de Poesia Raul de Carvalho - 2005, organizado pela Câmara Municipal de Alvito
Sem comentários:
Enviar um comentário