segunda-feira, 16 de junho de 2014

de “O guardador das águas” - 16

Ouve-se
ao longe,
o cântico de um galo.


Entre montes,
abrem-se,
em preguiça,
os olhos do sol.



Seus braços esboçam,
tímidos,
o abraço ao lugarejo.



Este responde.



Acordam homens e utensílios.



A terra aguarda o cultivo
ou a colheita,
os caminhos de água
reabertos.




in “O guardador das águas” (Mar da Palavra, Coimbra, Portugal, 2005); “Viagem pelos livros” (Escrituras, São Paulo, Brasil, 2011) - Prémio de Poesia Vítor Matos e Sá – 2004, organizado pelo Conselho Científico da Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra

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