As pálpebras do círculo do fogo
tremem.
Sentem o peso das horas
do dia que declina.
O desejo
de se fecharem para o mundo.
De sentir
o feminino corpo da noite.
E fecundá-lo de estrelas,
do cântico dos grilos,
de sonhos.
Sentem o peso das horas
do dia que declina.
O desejo
de se fecharem para o mundo.
De sentir
o feminino corpo da noite.
E fecundá-lo de estrelas,
do cântico dos grilos,
de sonhos.
in “O
guardador das águas” (Mar da Palavra, Coimbra, Portugal, 2005); “Viagem pelos livros” (Escrituras, São Paulo, Brasil, 2011) -
Prémio de Poesia Vítor Matos e Sá – 2004, organizado pelo Conselho
Científico da Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra
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