quinta-feira, 11 de dezembro de 2014
de "Trinta mais uma odes" - 11
Escutemos o vento quando afaga
A casa onde deixámos nossa infância.
Sintamos na epiderme
Da cal, o suave ósculo
Do sol. Em cada imagem reflectida,
Repousemos o pássaro do sonho
E aprendamos a sílaba
Inaugural da vida.
Saibamos ser como este rio imenso
Que agora prova o sal do mar azul,
Que amou o tempo, as margens,
O fado que lhe deram.
Aos deuses, nada mais ouses pedir.
Também o sol, que tudo vê, resigna-se
A contemplar o mundo
No seu lento passar.
in "Trinta mais uma odes" (e-book, Virtualbooks, Brasil, 2007)
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