NÁUFRAGO
O poeta é náufrago
por entre a memória
em construção
NOCTURNO
no uivo da noite
o cão
de breu se veste
NOVILÚNIO
Habito o sonho e sinto
a leveza do voo lunar
neste tempo novilúnio.
OCASO
Por acaso, o ocaso nasce
no limite do mar
ou na raiz do teu olhar?
OFERENDA
Vou, como o Eugénio de Andrade,
com as aves. Vou rente aos campos
colher-te, mãe, uma flor, um verso.
in "À beira do silêncio (uma centena de experiências em poetrix)" (e-book, Virtualbooks, Brasil, 2006)
Sem comentários:
Enviar um comentário