OFÍCIO
As pedras ofendem o vento.
Este trabalha. Paciente,
espera o desenho e parte.
OLEIRO
Entre a mão e o gesto
o despertar do corpo
ou do silêncio.
OMEGA
Águas calmas do poente,
por que me chamas
se para ti navego?
ORAÇÃO
Bendito seja o fruto de vossos
lábios de mel, onde a minha sede
se consome, amén.
OUTONO
folha a folha
pela mão do vento
se desenha o outono
in "À beira do silêncio (uma centena de experiências em poetrix)" (e-book, Virtualbooks, Brasil, 2006)
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