XAVIER ZARCO
onde o poema cessa
outro poema
nasce
como se um abraço
se desenhasse em cada braço
que enceta
um movimento circular
*
É nas mãos que nasce o gesto
Xavier Zarco
É nas mãos que nasce o gesto;
onde reside o fogo de criar
na frondosa árvore a caravela.
Sentir, na seiva, a carícia,
o cântico do vento
pelas veias vegetais.
Observar o destino das raízes
e, por elas, aprender
o ofício navegante.
in "Poemas com rosto" (e-book, Virtualbooks, Brasil, 2007)
Sem comentários:
Enviar um comentário